de reforma
Vitória no Metro<br>e na Carris
Jerónimo de Sousa esteve ontem, 27, com os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa a saudar a reposição dos complementos de reforma aos aposentados, após 27 meses de luta.
Ao roubar o complemento, o governo PSD/CDS mentiu aos reformados
O Secretário-geral do Partido escolheu a movimentada estação de metropolitano do Marquês de Pombal, às 9h30 da manhã, para evocar o «primeiro dia da devolução dos complementos de reforma dos trabalhadores do Metro e da Carris». Esta é uma das medidas que consta da «Posição Conjunta entre o PS e o PCP sobre Solução Política» resultante da nova relação de forças na Assembleia da República saída das eleições de 4 de Outubro do ano passado.
Valorizando o papel assumido pelo PCP em todo o processo que resultou na entrada em funções do Governo PS e nos avanços que foi possível alcançar, Jerónimo de Sousa lembrou ainda a acção do Partido relativamente a esta questão em particular: «Apresentámos o projecto-lei e a maioria da Assembleia da República votou a favor», relatou, garantindo que este desfecho corresponde a um «sentimento de reposição da justiça». A persistente e abnegada luta dos trabalhadores ao longo de um período tão largo, concluiu, «valeu a pena».
Esta conquista representa um exemplo para outros sectores e empresas de que «vale a pena lutar», valorizou o dirigente comunista, denunciando a tentativa do anterior governo de começar pelos reformados para procurar depois atingir os trabalhadores no activo e a própria empresa. Jerónimo de Sousa aproveitou ainda a ocasião para denunciar as situações dramáticas que muitos aposentados enfrentaram ao longo dos últimos 27 meses, em que se viram privados dos seus complementos de reforma.
Presente no local esteve também Diamantino Lopes, da Associação dos Reformados do Metropolitano de Lisboa, que em declarações aos jornalistas começou por revelar a escolha do dia e do local para realizar esta acção: os reformados recebem a 27 e foi na estação do Marquês de Pombal que decorreram as mais importantes concentrações de reformados ao longo dos 27 meses em que se viram esbulhados do seu complemento de reforma, «retirado pelo governo do PSD/CDS, que se tinha comprometido com os reformados que se estes aceitassem a reforma antecipada lhes pagaria o complemento de reforma». Ao fim de dois anos, retirou-o. A luta pelo pagamento dos retroactivos continua a decorrer nos tribunais.